Baseado em estudos de Rudolf Steiner sobre a inter-relação entre as atividades de andar, falar e pensar e em pesquisas sobre o sistema nervoso feitas pelo cirurgião norte-americano Temple Fay e sua equipe, o Método Padovan de Reorganização Neurofuncional (RNF) foi desenvolvido pela fonoaudióloga Beatriz Padovan no início da década de 70 e, desde então, é usado na reabilitação de pacientes que sofrem de distúrbios de fala e linguagem, aprendizagem, motricidade oral e outros distúrbios neuromotores.
Sem restrição de idade, o Método Padovan é aplicado para quadros clínicos, como afasia, dislexia, gagueira, hiperatividade, autismo, Alzheimer, Parkinson, paralisia cerebral e síndrome de Down, e para sequelas de acidentes naturais (atropelamentos, colisões, etc.), acidente vascular cerebral (AVC) e acidente vascular encefálico (AVE).
A RNF consiste em exercícios corporais, passivos e ativos, que repetem o desenvolvimento normal do ser humano, fase por fase, na mesma ordem de sua aquisição para fins terapêuticos, pressupondo que os processos de habilitação e reabilitação envolvem mecanismos fisiológicos semelhantes. Os exercícios envolvem todos os grandes grupos musculares do corpo e toda a musculatura responsável pelas funções reflexo-vegetativas (respiração, sucção, mastigação e deglutição), sendo esta a mesma usada na fonação e articulação da palavra. São exercícios motores, associados à música e versos rítmicos, que seguem uma ordem de complexidade em termos de estruturas centrais estimuladas.
Assim, a RNF estimula a neuroplasticidade, ou seja, estimula novas conexões neurais reorganizando todo um circuito central para que o paciente possa recuperar funções cognitivas e motoras, seguindo as etapas do desenvolvimento maturacional na ordem correta, mesmo que não acompanhe sua idade cronológica.
“Aquele que segue o que a sábia natureza nos mostra e ensina, tem menos chance de errar”. (PADOVAN).
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